quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Os físicos e o novo mundo






(Luís Nassif, Folha de S. Paulo de 05/07/1998)




No ambiente acadêmico, há quem os considere arrogantes. Eufemisticamente, se poderia admitir que são bastante conscientes de sua forma superior de pensar - e não escondem isso. Embora existam especialidades em sua profissão, jactam-se do oposto, de sua visão sistêmica, "holística", generalista, conforme gostam de defini-la.Em geral, ironizam a objetividade sólida do engenheiro e o pretenso saber científico dos economistas. E tratam com solene desprezo os "especialistas", que não conseguem enxergar além da sua especialização.Em diversos centros e institutos acadêmicos, a grande revolução científica brasileira vem sendo comandada pelos físicos. Em parte pelo investimento sistemático feito no setor nas últimas décadas, que acabou gerando vários centros de excelência. Em parte, pelos pioneiros que lograram incutir princípios éticos e científicos bastante sólidos em seus discípulos.Mas, na maior parte, pelo fato de os físicos terem desenvolvido uma forma de pensar superior, muito mais adequada para se locomover em um mundo em constantes transformações, onde caem a cada dia as fronteiras entre as diversas formas de conhecimento - que antes desenvolviam-se de forma estanque, uns dos outros. Não lhes interessa a parte, mas o todo; não o evento isolado, mas o sistema integrado; não o resultado estático de um experimento, mas a maneira como os fenômenos interagem em si, como se afetam mutuamente, recriando realidades dinâmicas, como o equilíbrio de um tabuleiro de xadrez sendo afetado continuamente pelas peças movidas.


Realidade complexaNas últimas décadas, as tentativas de compreensão do Brasil foram subordinadas a uma visão macroeconômica estreita, da qual o exemplo mais ostensivo foi a famosa batalha do Itararé em Carajás - a reunião da equipe econômica com o presidente da República, que resultou em uma série de recomendações que, tivessem sido seguidas, "teriam salvo o Cruzado e o país". Levaram-se anos para perceber que faltavam pré-condições mínimas para se conquistar a estabilização na época.Ainda hoje, esse tipo de visão - de que um país se forja na boca do caixa do Tesouro ou na mesa de câmbio do Banco Central - é dominante na opinião pública. O país irá acabar ou estará salvo, dependendo do nível do déficit público, das transações correntes ou da taxa de investimento da economia.Recente relatório da MacKinsey concluiu que há espaço para aumento da produtividade em mais de 30%, na maior parte dos setores nacionais, unicamente por meio da implantação de novos parâmetros gerenciais, programas de qualidade total, somados à capacidade dos setores de passarem a se articular cooperativamente ao longo da cadeia produtiva.Quando se entra nesse campo, descobre-se um universo infinitamente mais rico e mais complexo, onde entram o conhecimento, valores gerenciais, relações sociais, articulações políticas, pesquisas etc. e a consistência macroeconômica, é claro.
EconomicismoEm recente debate de que participei acerca dos quatro anos do Real - presentes economistas de oposição e de governo - , a discussão foi monopolizada pelas projeções sobre os déficits público e em conta corrente.
De lado a lado, os economistas caminhavam com desenvoltura em torno de conceitos como grau de déficit público aceitável, nível de investimento necessário para retomar o desenvolvimento etc. Comparavam-se dados de investimento sobre PIB de agora com os dos últimos anos, sem levar em conta os enormes desperdícios ocorridos ao longo dos últimos 15 anos, em obras inacabadas ou superfaturadas, por conta de falta de controle e inflação, descontinuidade na liberação dos recursos orçamentários e tudo o mais que caracterizou os anos 80.Nenhum dos presentes - eu no meio - tinha a mais vaga idéia, além da observação empírica, sobre como fatores políticos e sociais se entrelaçam, como se cria um ambiente de desenvolvimento, como se reproduzem experiências vitoriosas de articulação da cadeia produtiva, em outras partes do país, qual o peso das mudanças culturais na formação desse ambiente e assim por diante. Éramos todos contadores, discutindo o balanço, sem a mínima noção acerca da complexidade das teias políticas, sociais e econômicas que definem o processo de desenvolvimento.Visão sistêmicaÉ aí que entra a visão sistêmica do físico - perto da qual essa enorme discussão macroeconômica torna-se uma pobreza franciscana. Em nível internacional, ajudaram a ciência econômica a sistematizar novas formas de pensar, com suas contribuições sobre a teoria do caos ou sobre a natureza dos mercados de derivativos.Não é por outro motivo que, no Brasil, os físicos vêm ocupando cada vez mais cargos-chave e tendo papel central nessa reavaliação de conceitos. Hoje eles estão na vanguarda das discussões sobre a política científico-tecnológica, são os que melhor têm demonstrado entender o novo papel da universidade, e mesmo o fenômeno do desenvolvimento em si. Embora haja chutadores em qualquer profissão, a existência de um físico à frente de determinado órgão é garantia, no mínimo, de uma visão original acerca do problema a ser enfrentado.São convencidos? São, sim. Mas justificadamente.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

HIPOCONDRIA ?????


Bem , aqui estou eu escrevendo num blog. Na verdade nunca me imaginei nessa função , pois até certo tempo atras não fazia idéia do que isso significava. Sou da época dos famosos fotologs e do MIRC ( esse nem tanto ).

Peço para aqueles que por ventura venham acessar essa página que não levem em consideração os erros que com certeza vou fazer aqui , pois estou escrevendo mesmo para passar o tempo .

Hoje mesmo estava pensando comigo mesmo ( nem sei se isso é um pleonasmo - muito menos se pleonasmo é a palavra que eu gostaria falar ) se eu sou algum tipo de compusivo por remedios.

Um pouco mais cedo , decidi dormir por que estava começando a sentir um pouco de dor de cabeça, não adiantou. acordei com uma cefaléia insuportável.

Tomei um remédio por conta própia e pensei comigo.. de Novo né Heleno ?

Voltando aos velhos hábitos de tomar remédio a reviria.

Se eu tivesse coragem iria a um médico. Sei até o que ele falaria...

Você sofre de HIPOCONDRIA.

Que É um medo por vezes sem justificação, mas que convence que se sofre duma doença grave, embora depois de avaliado clinicamente nada se encontre. É na verdade uma condição neurótica caracterizada por uma pessoa preocupar-se exageradamente com a sua saúde física, acabando por sentir todas as enfermidades que o mundo à sua volta se queixa. Manifesta uma profunda ansiedade, sempre atemorizada com um estado de hipotética invalidez, de dores que ainda não existem, vivendo sempre um mau-estar físico, e o mais trágico, na grande maioria dos casos, o medo terrorífico da morte!
Os hipocondríacos sempre angustiantemente preocupados com a sua saúde procuram constantemente consultas médicas, submetem-se a numerosos testes e tratamentos numa busca incessante de tranquilização médica para as suas dúvidas, ou acabam por encontrar um médico que finalmente faça o diagnóstico temido, sempre presente obcecadamente gravado na sua mente, num conflito intrapsíquico de atracção-repulsão inconsciente ou conscientemente desejado.
Possivelmente aqueles que nunca tiveram a atenção afectiva tão ambicionada e naturalmente que lhes é devida, a enfermidade pode ser o chamariz dessa atenção tão desejada! A solidão afectiva nas crianças leva-as muitas vezes a queixarem-se de dores que ainda não existem, de indisposições físicas imaginárias, para que os adultos olhem para elas, e surja a atenção desejada pela criança que normalmente é ignorada. Com a continuidade o físico começa mesmo a ser afectado pois tanto diz que lhe dói, que está mal, que a força da mente domina o corpo! Outra causa que pode originar mais tarde hipocondria, é o contrário da exposta atrás: uma normal doença infantil torna-se objecto de tanta atenção e mimo, de hiperpreocupação e cuidados exagerados, que pode desenvolver mais tarde uma preocupação mórbida acerca das doenças que podem surgir na criança; esta vai assimilando, e a mais pequenina ferida é motivo de gritos e constantes desinfecções numa angústia apavorante! Admite-se portanto com provas justificativas que a hipocondria, como disse atrás, é mais comum em pessoas que na infância poderiam ter tido uma real enfermidade orgânica, ou também que foram submetidas a uma superprotecção, a uma vigilância exagerada e ansiosa sobre o seu estado de saúde. Outra causa é o contacto de crianças desde tenra idade, com a angústia de familiares que de perto estavam sempre ou realmente enfermos num ambiente de sofrimento, ou então queixando-se num mundo de lamentações de dores, de males criando um doentio e mórbido ambiente bem nefasto e trágico por vezes para essas crianças que nele vivem! Mais uma vez, como tantas centenas de “outras vezes” a criança é vítima da ignorância, e das situações básicas daquelas que as lançaram no caos do mundo. Também nas pessoas idosas pode surgir hipocondria, e uma das causas vulgares da doença é a sua triste solidão e queixam-se, lamentam-se com dores e mal-estar físico, num chamamento de atenção à sua pessoa quase ignorada!
Os hipocondríacos como sentem profundamente que o seu estado de saúde é mais ou menos angustiantemente preocupante, vivem quase sempre atemorizados em contrair doenças graves, e podem centrar-se num determinado órgão ou numa só doença, no meu caso a famosa LABIRINTITE.

Agora a única coisa que eu espero e talvez seja a pessoa que consiga isso é um rémedio para essa " doença ". Pois é melhor tomar um rémedio só do que vários.
Zé menigite termina essa postagem com um certo tom de ironia.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Mirante




Pode falar, eu te incomodo né ?
Que posso fazer se quando nasci
Mandaram eu descer e arrasar?
Saiba que amo seu companhia
Sério mesmo. Gosto de ver o constrangimento em seu rosto.
Cara feia pra mim é fome
Desculpa, no seu caso... cara bonita.
O que te estraga, alem da sua voz
É esse seu olhar de superioridade
Com seu lindo modo de andar
Parecendo a Rainha da Sucata.
Cara! Cresce e aparece.
Desculpa de novo ( Você está amando isso né ? )
Só crescer. Seu Pai deve ser plantador de melancia
Sabia que são noventa e pouco porcento de água?
Faz bem pra pele.
Mas vou te dar um conselho de compatriota
Posso até me arrepender depois
Sei que você acha que roubando meus amigos
Fará mal pra mim...
Pára criança! Meus irmãos não são na base da falsidade
Abre teu olho! Eu falo na Lata
Nossos santos não batem
Mas infelizmente nem todos te dizem isso.
P.S Obrigado por você existir!

Água...



Uns dizem que eu tiro onda
Num minto.. às vezes sim. Minha natureza é esta num quero mudar
Para uns sou idiota
Mas idiota por excelência
Quem mandou eu ser um diabo na terra onde todos querem
Ser santos ?
Pelo menos alguns me entendem ou fingem entender (Obrigado, a falsidade me anima)Na verdade.. que se foda os antagonistas..e viva Rauzito !!

Tiro ao alvo




Não me idealizo, não faça isso
Também erro, choro, minto admito
Entretanto faço tudo isso menos que você
A perfeição nunca foi um dos meus planos
Não fico defendendo pessoas oprimidas
Como você em sua saga pela santidade
Pra que ? Não interessa....Elas estão ai pra isso.

Alguém disse que o mundo é dos espertos
Posso me considerar um deles
Sou meio bobo ás vezes ( Finjo de tonto )
E você mais tapado ainda acredita
Cara: Encostos são para isso
Ajudar uma alma perdida ...
A se perder mais ainda
Morre João.